sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Nhamadjo desafia DSP

Serifo Nhamadjo, mesmo reconhecendo a eventual boa fé de Jomav, no intuito de conseguir uma rápida mudança de atitudes em relação aos dinheiros públicos, critica-o por ter colocado o carro à frente dos bois. Detentor de uma legitimidade «democrática», ou seja sistémica, (que o próprio Serifo não tinha), acusa Jomav de cuspir no prato que lhe deu de comer, reclamando outra ordem de legitimidade: não possuindo qualquer currículo em termos de legitimidade «revolucionária», restar-lhe-ia o carisma pessoal, mas não se pode afiançar que o tenha conseguido.


Qualquer leitura apressada poderá cair em erros de interpretação, facilitados pelo bombástico (se bem que parcial) título. Serifo não está a dizer para «devolver o poder a DSP». Está a dizer precisamente o contrário. Devolver os 15 ao PAIGC é, como os próprios já trataram de esclarecer, pedir a demissão de Domingos, promover para a direcção alguém (como Serifo, por exemplo) com competências relacionais à altura do desafio da sobrevivência do Partido, face ao cansaço e insatisfação cada vez maior da população em relação à classe política por este moldada.

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