sexta-feira, 24 de julho de 2015

Conversa fiada de um asno

Em Angola, quando o presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco de Poupança e Crédito (BPC) abre a boca, só saem asneiras. Começando pelo título da entrevista à Expansão: «Escassez de divisas no mercado deve-se ao alto custo de importação» Ok, sem comentários! O que é que o cu tem a ver com as calças? Com a morosidade do processo de importação?

Altos custos de compra de divisas nos bancos internacionais? Essa é boa! Como se algum «banco internacional» lhes vendesse divisas contra kwanzas burros; sabe muito bem que só o BNA e algum cidadão mais distraído (e sem alternativas, tratando-se de transferências externas) lhe vendem divisas ao câmbio oficial (favorecendo os mais queriduchos, pelo spread ao câmbio informal). Este discurso primário e estúpido vem prejudicar ainda mais o já de si muito abalado crédito do sistema bancário angolano.

«As receitas são inferiores em relação às que se tinham quando o país vendia muito petróleo». Ó asno, a quantidade de petróleo vendido é a mesma, aliás, até aumentou, segundo a própria Sonangol e o Banco Nacional de Angola. Então quer pronunciar-se sobre a actualidade, não percebendo patavina? Não passa de um, entre os muitos exemplos típicos e «pitorescos» da peudo-elite burra, ignorante e incapaz de pensar pela própria cabeça, com a qual JES aparelhou o seu regime.

No entanto, os referidos gestores não possuem «formação» para lidar com este género de situações e mais valia que lhes dissessem para estarem calados, em vez de bajularem o regime, tentando atirar areia para os olhos, pois só borram ainda mais a pintura, afectando a credibilidade da banca pela sobre-exposição ao regime.

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