sábado, 2 de maio de 2015

No conforto da retaguarda

As declarações da igreja são lamentáveis. A igreja lava as mãos, como fez Pôncio Pilatos, quando deveria gabar-se de estar na primeira linha!

O Papa lembrou os 100 anos do genocídio arménio, mas ainda não teve uma palavra para o genocídio religioso angolano, mesmo debaixo das suas barbas, que pretende varrer para debaixo do tapete, encobrindo a malvadez das autoridades, prestando-se a encenar cerimoniais de legitimação com bispos de braço dado com criminosos?

Se a Igreja não se pronunciar de forma mais clara (o adequado seria uma bula de destituição sob pena de excomunhão, a título de precedente, use-se a minuta de Grandi non immerito) terá que arcar com o peso de mais mortos na consciência; deveremos pois concluir que é uma igreja não reactiva, ou seja, morta, conivente (para não dizer escrava) com o poder temporal perante as maiores aberrações e totalmente desligada das profundas e legítimas aspirações das populações.

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