sábado, 11 de abril de 2015

Câmbio: de casa para a rua

Verdades insofismáveis, mesmo se apresentadas sob forma de reivindicação corporativa: as casas de câmbio reclamam uma fatia do bolo (cada vez mais apetitoso) que consiste no acesso ao diferencial de câmbio. Como é possível que a segurança do Estado tenha deixado passar esta ameaça? Estas coisas não são para se dizer em público, desmentindo a versão «oficial» da abundância de dólares!

Se o petróleo anda pelas ruas da amargura, até o câmbio desceu à rua... porque não hão os cabindas de o fazer também? Os argumentos utilizados para a proibição da manifestação de hoje, dia 11, mais do que falaciosos, como é hábito, são falsos. Não faltando a costumeira ameaça implícita do terrorismo de Estado contra os seus próprios cidadãos, emprestando força de recolher obrigatório à simples proibição de manifestação.

O grupo de promotores signatários apresentou e datou a comunicação exigível quatro dias antes, dia 7 de Abril; o próprio Club-K publicou o documento logo no dia 8: como podem as «autoridades» ocupantes dizer que não tomaram conhecimento atempado, se, por essa altura, a convocatória até já era do domínio público? A «decisão» de proibição, para além de ilegal, apresenta-se fundamentada numa mentira: é o cúmulo da arbitrariedade, contra a qual se insurge o Padre Congo em declarações à VOA: «Ninguém é eterno. Acredito que esta juventude pode ter a última palavra a dizer na construção de uma nova Angola.

Em vez do acesso ao câmbio do dólar, talvez os lesados devessem reclamar o câmbio do responsável.

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