terça-feira, 16 de setembro de 2014

Fumo negro

A exoneração do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, anunciada a seco pela Rádio Nacional, caiu como um balde de água fria. A confirmar-se que esta foi feita sem consulta prévia ao visado, parece pouco avisado. Pior é deixar-se pairar a incerteza, pois o decreto «entra imediatamente em vigor», mas não indica sucessão, para este importante cargo do qual depende a estabilidade governativa.


O golpe está dado, de acordo com a agenda. Seria inteligente deixar as próprias Forças Armadas eleger colegialmente o sucessor de António Injai, evitando impor nomes e gerar clivagens, que podem jogar contra a autoridade presidencial. E não convirá manter o suspense e a chefia vacante por muito tempo, pois isso criará um perigoso mal-estar. Dissipe-se a nebulosa e ventile-se fumo branco.

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